Frio. Contido. Controlado. Calculado.
Vivo o paradoxo de tentar enxergar através do frenesi chamado São Paulo. E essa vida nos faz falar. Falar sem dizer. Falar por falar.
Há momentos em que não existe a necessidade de falar. Mas de calar-se, e ouvir a voz dos outros. De ouvir uma piada, um relato, um desabafo. De rir junto.
Deus nos deu dois ouvidos e uma boca. E a insistência em praticarmos dez vezes mais a língua do que os tímpanos, nos torna perdedores. Perdedores de singularidades, de boas memórias, de hesitações.
Penso que a fala deveria ser usada apenas em ocasiões especiais. Fora isso, deveríamos viver em silêncio. Exercitando nossa audição. Em um processo de ouvir sorrisos, olhares, gargalhadas, suspiros. Na esperança de ouvir e captar sentimentos.
Concordo plenamente com vc..
ResponderExcluirEu preciso aprender essa prática de calar mais e escutar muito mais!!
E a idéia de calar pra ouvir isso ideal!!