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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Era uma manhã


Era uma manhã normal como todas as outras vividas nos últimos anos da minha maravilhosa e incrível vida. Exceto  que por um milagre divino das galáxias distantes, meus pés encontravam a areia suja e úmida da praia, que esfoliava os cascos dos meus calcanhares. 
“Ah, o verão...”.
Esse era o tipo de pensamento que se passava pela minha cabeça naquele momento.
Curtir o verão na praia é uma coisa. É agradável. Porque quando você  não aguenta mais aquele suor que gruda areia, bituca de cigarro e outros corpos em  seu corpo, é só dar um pulo na água gelada do mar.  Mas, sentir o calor numa cidade grande, meu irmão...não é para os fracos.
Porém, nada melhor do que a época do natal em que você nem lembra mais quando ganhou presente, mas pelo menos viaja. E viaja só porque depois que a AZUL chegou, todas as companhias aéreas decidiram distribuir ótimas promoções.
Mas, voltando, eu estava caminhando pela praia. Me exercitando mesmo. Porque quando você está de férias e desempregado, acabam-se as justificativas para o sedentarismo. E mamãe te levanta às 8 horas da madrugada para queimar as gordurinhas.
“Ah,  a mamãe...”.
Esse eu te garanto que não é o primeiro pensamento que passa pela minha cabeça quando ela me acorda.
Mas, tudo certo.  A gente senta na areia e olha pro horizonte. E curte a paisagem. Sente a brisa.
“Eu te amo, filha”.
“Ainda bem, né...”.
Olho de soslaio e ela me olha com aquela cara. Dou risada.
“Também te amo, mãe”.
E, de repente, levantar cedo nas férias não parece mais tão ruim. 

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